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07 fevereiro 2016

Cuidado com os que caminham Nos Andores da Falsidade!



                                                   

A Igrejinha onde fiz minha Primeira Comunhão( 1957) , onde o corpo da minha mãe foi velado (2015) onde a paz acampava ..onde não havia falsidade
( usina Roçadinho)

" Que Deus nos defenda das ruindades calmas, dos ódios que sorriem, que não alardeiam, caminham entre nós nos andores da falsidade" (CN)

Comentário :

Recebi hoje pela manhã essa mensagem...Guardei no meu coração enquanto metabolizava o que estava falando a mim. De repente percebo o quanto a falta de oração nos torna reféns desse mal que acomete a nossa sociedade entre tantos outros: a falsidade! A oração para nós é couraça , é defesa primeiro como proteção e força para nós; segundo porque nos permite sermos caridosos com o outro , na medida em que enxergamos e aprendemos com as limitações alheias. 
E como se torna dificil saber o que é sub-reptício nas atitudes e comportamentos de pessoas que gravitam ao nosso redor... A mensagem nos alerta , mas a escolha é nossa de como agir . Mesmo orando, entregando a Deus , temos que aprender a esperar no Senhor pois como bem diz a outra mensagem que recebi agora à tarde:
"Um passo de cada vez, escolher a estrada já é chegar".(CN)

Sermos autênticos é sermos verdadeiros, podemos até incomodar , mas seremos sempre pedras brutas passíveis de burilamento , mas entendidas como realmente são : claras, cristalina, transparentes... sem hipocrisia.
Procure ser você mesmo!

08 maio 2014

Meu Arco Iris


                                                       
                          Durante anos sempre acreditei piamente nas fábulas  que ouvi durante minha infância, morar numa zona rural onde a crença pelo inusitado estimulava o pensar , deu-me asas à imaginação.
                         O pote de ouro no fim do Arco Iris  era motivo de alegria e verdadeira “caça ao tesouro” por todos nós , pequenos peraltas.Nos distanciávamos tanto de casa que se não fora os gritos maternos e  não fosse curta a duração do fenômeno , talvez não encontrássemos o caminho da volta.
                        Hoje voltei a crer no Arco Iris da minha infância...Ele mora no caminho da Esperança, na certeza do dia de Hoje , na crença  em Deus  que guia todas as coisas, mostra-me o caminho e abre meu coração.
                         Sim a cores voltaram  , compreendi , motivada por um poema da minha amiga do Blog  (http://allmylifepatnog.blogspot.com.br/), que somos esta metade que se alterna nos humores, nos amores e nas dores , que faz-nos refletir  que por toda a vida esta é uma constante , com suas variantes , que nos chegam por opção ou pela própria contingência de viver. A escolha  das vias a percorrer é nossa .
                        Sim, a busca do “pote de ouro” no fim do Arco Íris  é infinita ...É comparável à  minha missão como cristã de correr atrás deste tesouro maior, que me preenche  na agonia, que me  fortalece na fraqueza , que me cativa pelo amor misericordioso e que me cura de todos os males: Deus!
                       Obrigada Senhor por me revelares a beleza do Arco Iris.

Escrito por Maria Claudete F.H.Batista
08/05/2014






07 outubro 2013

Criança... Se um dia fui.



                             No último sábado decidi, espontaneamente, ir a um Geriatra.
Surpreendi-me com uma coerente explicação – “Geriatra não é médico de idoso” e
Sim “de todo aquele quando  para de crescer”, ou seja, desde a juventude convém fazer a prevenção.
                            Durante a anamnese, deparei-me com um profissional que faz uma consulta em quase duas horas, raro nos dias atuais, talvez vocês estejam conjecturando, afinal eu teria muitas histórias para contar... Poderia até ser, mas com minha “língua solta” ficou possível ao Geriatra traçar o meu perfil  e estabelecer um diagnóstico.
                            Enxerguei na mulher de hoje a criança e jovem de outrora, numa velocidade tão intensa, sem intervalos de uma fase para a outra, que fui comparada a um “disco que roda alucinadamente sem parar”.( sic Geriatra).
                            Constatei que  sempre fui assim, desde criança , vivia antecipadamente a fase subsequente,mergulhava de cabeça nos problemas adultos e dava “pitacos” em tudo.
                             Talvez  tenha declinado de viver como  uma criança “normal”...Sem olhares críticos , sem sofrimentos adultos , sem cargas emocionais , sem cobranças .
                              A precocidade, taxada por vezes de inteligência acima dos demais, sem levar em consideração o excesso de informações que minha cabecinha infantil recebia faz-me, nos dias de hoje, perceber que não vivi plenamente a fase de criança.
                              Como consequência já chegou à fase da juventude, adulta e totalmente responsável. Foi bom? Não sei responder... De criança só recordo poucos momentos de brincadeiras e jogos, de apenas um boneco, o Juarez, como também de ter sido Anjinho de Lapinha de Natal, por ser branquinha.
                               De acordo com o Geriatra, a memória recente nos idosos, quando comparada à passada, perde para esta, talvez isto justifique a minha facilidade de falar sobre o que vivi... os clarões imensos que parecem inundar o cérebro ,de tão “vivas” as lembranças!
                             Considerando o que a maioria define como ter sido a vida em criança, questiono-me: - Se fui criança um dia? Não sei, a única certeza é que à minha maneira fui feliz!                        


                              
                              Escrito por Maria Claudete F.H.Batista

09 setembro 2010

Agora...





Ávida de carinho segue em busca de seus anseios... Olha ao redor e nada vê...
 Perscruta tudo e a todos e nada encontra.

 Retrocede no tempo e tudo vê... Sua infância... Seus amiguinhos... Seus irmãos.

Sente-se sacudida por recordações...

Lágrimas surgem de forma intermitente,

 Ora em abundância, ora escoam lentamente de seus olhos.

 Lágrimas por momentos felizes vividos... Lágrimas por situações mal resolvidas

Sua adolescência... Seu primeiro baile... Sorriso largo e aberto... Sua primeira conquista.

 O vestido azul com blusa de crepe e saia rodada de organza... Como era bonito para ela...

Sente-se bela e atraente... O temor não mais existe.

 Somente sonhos e devaneios...

 Como foi feliz esta passagem!

Sua Juventude... Seus colegas de Faculdade. Seus mestres...

Sua primeira e intensa paixão... Como foi intensa a sensação.

Suas metas... Seus conflitos... Suas aspirações.

 Tantas opções... Quantas alternativas.

Como foi difícil a escolha...

 O curso da vida tomou o seu rumo.

 Do passado, a base que alicerçou o seu presente.

 De forma insidiosa, o latente eclode soberano.

Ora provocante e conflituoso, ora apaziguador.

 No crepúsculo prossegue sua caminhada...

A estrada vislumbrada impulsiona sua busca...

 É o agora... Passado e Presente juntos sedimentados e coesos.

 É a maturidade espelhada no corpo e na alma.

 
 Escrito por Maria Claudete

obs: este post também foi publicado por mim no Blog da Claudete
          http://clodet.blog.uol.com.br/
 

09 julho 2009

Eu Queria Ser Bailarina!!!



Imaginem uma menina do interior, brabo, zona rural mesmo, de onde teria tirado esta idéia maluca? Televisão ? nem sabia que existia... Rádio? Apenas um aparelho na nossa casa onde se reuniam todas as comadres de mamãe para ouvir a novela "Presídio de Mulheres", lembro bem o nome porque era proibida de ouvir , nem sequer podia ficar na sala de costura onde ficava "entronizado " o dito cujo.
Mas...Sempre um mas na nossa vida.
De tanto buscar explicação, com o tempo, chegou-me a clareza de que a música tocada nas emissoras de Rádio da época, as trilhas das novelas transmitidas me fizeram desenvolver a capacidade de sonhar e vislumbrar todo um desenrolar de acontecimentos ditados pelas emoções que cada trecho musical me proporcionava.
Eu sonhava e dançava.... E me via Bailarina, na verdade Dançarina de qualquer coisa!
É quando a Zezé de Xanda ( já me referi a ela em outro post, lembram?) , que vivia mais na Capital do que no Interior , me ensinou os primeiros passos de dança do Ballet.
De tanto rodopiar e tentar me equilibrar na ponta dos pés levei
muitas quedas e definitivamente arquivei o sonho de ser Bailarina.
Como são doces estas lembranças... Esta recordação bateu muito forte diante dos clips exibidos na retrospectiva da vida do Michael Jackson, me peguei emocionada chorando não só pela beleza dos seus movimentos , mas pelo
jovem menino pobre que acima de tudo e de todos soube persistir no seu sonho .
Nem todos conseguem ser o que pretendem , é preciso garra e superação, também é verdadeiro que muitos se anulam em busca de um ideal.
O Homem como um ser polivalente , poderá encontrar outras variantes que tragam satisfação e façam brilhar o seu ego, independente do que pressupunha ser a razão da sua vida.
Eu queria ser Bailarina... Me sinto realizada com o que faço, descobri que somos capazes de realizar tudo o que quisermos desde que apoiados e incentivados para isto.
Mesmo ficando armazenado no recôndito de nossa alma o desejo primeiro , as alegrias e triunfos do presente ratificam a razão de que somos felizes na medida em que nossas realizações trazem felicidade para os outros.
Não me tornei Bailarina do Palco, mas trilhei o caminho de Bailarina num cenário mais do que especial o Teatro da Vida!

Escrito por Maria Claudete

13 junho 2009

Um certo Dia de São João...

No lugar onde vivi minha infância e parte da juventude sempre tinhamos festejos de São João. Participei intensamente de tudo que se referia a folguedos juninos, exceto no que se referia a brincar com fogos de artíficios, era terminantemente proíbido lá em casa, o máximo permitido era acender "chuvinhas ", estrelinhas" e "traques"( este fediam demais!!!).
Era muito bom... Começava pelos quitutes na festa de encerramento do semestre letivo no Grupo Escolar Tobias Barreto , onde eram servidos fartamente quindins,maria-mole,canjicas, pamonhas, milho cozido, milho assado, pé-de-moleque, bolo de macacheira, tapioca de côco, sarapatel, cachorro-quente e muito suco de frutas entre muitas outras iguarias.
O ápice da festa ocorria com o casamento matuto. Lembro de um detalhe que beira a surperstição, tão comum entre os interioranos de antigamente. Devia ter uns 17 anos e namorava pela primeira vez. Fui escolhida para ser a "noiva " da quadrilha. Minha melhor amiga havia casado recentemente, tínhamos as mesmas medidas, bom, o vestido de noiva dela estava perfeito, isto me encantou!
As fofoqueiras de plantão me avisaram:- Olha se você usar este vestido e for vista pelo seu namorado , não vai casar com êle e também se casar não será mais vestida de noiva!
Pois bem o namoradinho estava na primeira fila ! Verdade ou mentira o namoro desunerou feito maionese e a "profecia" se cumpriu: não casei vestida de noiva na vida real.
Sempre que me perguntam por que não tenho álbum de fotos de casamento, não deixo por menos, mostro as fotos vestindo um conjunto de saia e casaco vermelho com um spencer de listras azul e branco caminhando na rua , numa algazarra total com os padrinhos, colegas da Universidade , em direção ao Cartório .
Foi muito engraçado o que aconteceu naquele dia , ao chegarmos ao Cartório em meio a todos aqueles casais que estavam aguardando a chegada do Juiz, estávamos na metade do mês de Dezembro, prestes do recesso , daí a "multidão"; de repente surgiu um ex-aluno que trabalhava no Fórum e estava organizando os casais para adentrarem ao recinto onde seria feita a cerimônia coletiva -a famosa roda_ Êle falou : "minha professora? mas não vai casar mesmo nesta roda, espere aí, entrou falou com o Juiz e nos levou para uma sala especial e reservada onde assinamos os documentos ".
Não lembro mais o nome do ex-aluno, mas foi hilário, pois me lembrava fortemente o meu "casamento matuto" num certo Dia de São João, armazenado nas lembranças da minha juventude, cheio de improvisos e brincadeiras.
Talvez porisso o São João tenha uma conotação tão romanesca e folclórica na minha vida.

escrito por maria claudete

28 maio 2009

Levantando a Cortina.


Amo a natureza, sempre me senti viva , mesmo quando sozinha caminhando pelos prados verdejantes, correndo pelos matagais rasteiros, indo apanhar lenha com a minha bisavó ou brincando de "cozinhado" de bonecas com minha amiguinhas , durante minha infância até à adolescência vivida na zona rural .

Um temor exagerado , no entanto ,me perseguia quando me deparava com açudes , rios, cachoeiras e até o mar que ao mesmo tempo que me fascinava , me apavorava.

Cresci, vim morar na capital e nada mudou. Mesmo amando o mar, praia? só na areia , adentrar? jamais!

Sempre usava a desculpa de que por ser muito branca , não bronzear e sim "cozinhar" feito camarão , não poderia tomar banho de mar.

Minhas aventuras aquáticas se restringiam às piscinas e olhe lá , somente onde não me desse a sensação de afogamento.

Durante algum tempo sempre me perguntava qual a razão de tanto pavor, cheguei a questionar minha mãe se por acaso quando bebê havia escorregado na bacia durante o banho.

Bem, quando fazia o curso Superior aqui em Recife, certo dia de inverno e bastante chuvoso fui visitar uns amigos no bairro de Monsenhor Fabricio e não deu outra , foi uma verdadeira inundação , tivemos que ficar ilhados , esperando socorro no teto da casa.

Dei o maior vexame, fiquei histérica pois além de tudo não sabia nadar, nem boiar .

Prometi , quando tudo passou, a mim mesma que procuraria ajuda .

Continuo sem saber nadar , nem boiar! Mas fiz uma descoberta para o meu mêdo.

Numa noite de Natal , quando tinha uns 09 anos de idade , o açude de Santa Rita estourou , as comportas se abriram e o pânico tomou conta do lugarejo , está bem nítida agora a imagem do que aconteceu: a festa de rua acabou e gente corria para todos os lados procurando os lugares mais altos para se abrigarem das águas.

Corremos em direção ao morro e nossa casa ficava nas proximidades, serviu de abrigo até as águas baixarem para muitas pessoas . Na ocasião não tive medo, mamãe e as outras mulheres preparavam muita comida enquanto os homens tentatavam contornar os estragos e recuperar o que fosse possível ser consertado.

Nós, crianças, nos aglomerávamos em um dos quartos da casa para dormir e brincar. Recordo de uma senhora vestida de preto que bebia muito e o marido ralhava com ela . A bebida que ela ingeria era uma mistura de cachaça e ervas que papai usava como remédio, pelo menos era o que nos diziam - a Cabeça de Negro- depois do estouro do Açude Santa Rita , ela morreu, acho que foi devido a bebida pois disseram que "havia pipocado todo tipo de doença

reprimida no organismo dela " , no linguajar da matutada , " botado pra fora ".

Lembro bem que na parte baixa juntou tanta água que parecia que o Açude havia mudado de lugar. Toda vez que eu olhava sentia muito medo. Estas lembranças vieram à tona após ver o estrago que as águas estão fazendo no Brasil . Nunca vi reportagens sobre o assunto veiculado na mídia , talvez por defesa psicológica mesmo, por não querer reviver esta situação.

Escrever sobre isto está me fazendo um bem enorme , estou sentindo agora como se este elo do passado estivesse sendo desfeito. Volto a enxergar o Açude de Santa Rita majestoso , enorme e tranquilo, não mais ameaçador .Vejo como o local onde estão sepultadas lembranças de uma infãncia feliz, com festas da Padroeira, namoricos da adolescência , caminhadas, piquiniques e tudo de bom que ficou lá .

Vou aprender a nadar e boiar em águas tranquilas! Com certeza.

Esta é mais uma via percorrida e resgatada.
Escrito por Maria Claudete

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